O assédio moral no ambiente de trabalho é uma prática infelizmente comum, mas muitas vezes silenciada. Ele ocorre quando o trabalhador é submetido, de forma repetitiva e prolongada, a situações humilhantes, constrangedoras ou abusivas, afetando sua dignidade, autoestima e saúde mental.
Neste artigo te explicaremos situações que configuram assédios morais e como se defender dessa prática.
O que caracteriza o assédio moral?
O assédio moral não se confunde com uma cobrança de metas ou com uma crítica pontual ao desempenho profissional. Ele se caracteriza por condutas abusivas e constantes, que expõem o trabalhador a situações de vexame, isolamento, medo ou desvalorização, com o objetivo (explícito ou não) de desestabilizá-lo.
Exemplos comuns de assédio moral:
- Humilhações públicas na frente de colegas ou superiores.
- Gritaria, xingamentos ou tom agressivo constante.
- Atribuição de tarefas inúteis, impossíveis ou incompatíveis com o cargo.
- Isolamento proposital do trabalhador (retirada de funções, exclusão de reuniões).
- Críticas exageradas ou falsas acusações.
- Ameaças constantes de demissão.
- Pressão psicológica para pedir desligamento.
- Cobranças abusivas fora do horário de trabalho.
Essas atitudes, quando reiteradas, violam o princípio da dignidade da pessoa humana, protegido pela Constituição Federal (art. 1º, III), além de infringirem o direito à saúde física e mental do trabalhador, previsto na CLT.
O que diz a Justiça do Trabalho?
A Justiça do Trabalho reconhece o assédio moral como causa de danos morais indenizáveis, quando comprovado. A reparação pode incluir:
- Indenização por danos morais.
- Possibilidade de rescisão indireta do contrato, caso o ambiente se torne insustentável.
- Garantia de todos os direitos trabalhistas, como FGTS, aviso-prévio, férias, 13º, entre outros.
- Em casos mais graves, pode haver responsabilização da empresa e dos gestores envolvidos.
Como se defender?
Se você está passando por isso, saiba que não está sozinho. e que há caminhos legais para buscar proteção e reparação judicial. Veja algumas medidas práticas:
1. Documente tudo
Guarde e-mails, mensagens, prints, áudios ou qualquer registro que comprove a conduta abusiva. Isso é fundamental como prova.
2. Procure testemunhas
Colegas de trabalho que tenham presenciado os abusos podem ser essenciais no processo.
3. Busque apoio médico e psicológico
Além de cuidar da saúde, esses registros fortalecem a comprovação do dano moral.
4. Relate ao RH ou à ouvidoria da empresa
Registrar formalmente a situação mostra que o trabalhador buscou solução interna, o que pode ser importante em um processo trabalhista.
5. Procure orientação jurídica especializada
Cada caso exige uma análise individual. Um advogado trabalhista poderá orientar sobre o melhor caminho: entrar com uma ação judicial, solicitar a rescisão indireta ou buscar um acordo.
Conclusão
O assédio moral no ambiente de trabalho não deve ser naturalizado, ignorado ou tratado como algo menor. Ele fere a dignidade do trabalhador, compromete sua saúde mental e emocional e, principalmente, viola direitos garantidos pela Constituição e pela CLT.
Se você identificou situações abusivas no seu ambiente de trabalho, saiba que é possível reagir com amparo legal e segurança jurídica. Com provas, testemunhas e o suporte de um advogado especializado em direito trabalhista, é possível buscar a reparação judicial, por meio de indenização por danos morais e, em alguns casos, até a rescisão indireta do contrato de trabalho.
Na G&A Advogados, atuamos com responsabilidade, ética e respeito à história de cada trabalhador que nos procura. Estamos aqui para garantir que você não enfrente essa luta sozinho, e que seus direitos sejam protegidos com firmeza e humanidade.
Se você está enfrentando assédio moral no trabalho, entre em contato conosco. Estamos prontos para te ouvir e te orientar.